Boardgames, um mercado em expansão!
Muitos hábitos mudaram e ainda se alteram a todo o momento com a evolução tecnológica constante no mundo. No entanto, os jogos de tabuleiro ainda ocupam um lugar especial no coração dos brasileiros.
Não são raros os registros em redes sociais de famílias inteiras reunidas em torno de uma mesa, preservando a tradição dos boargames. Essa não é uma mudança apenas por consequência da pandemia, mas a confirmação de uma tendência observada no país nos últimos anos.
Segundo dados do Censo Ludopedia, pelo menos 30% da população do país se diverte com boardgames, fatia próxima dos que jogam cartas – 34%, e 86% acreditam que as análises feitas no Youtube ou blogs especializados são muito importantes para decidir comprar um jogo.
Só no Brasil, de acordo com o Censo Ludopedia 2020, que traça o perfil do jogador nacional, 70% dos jogadores de boardgames investem mais de R$ 100,00 em boardgames. Com tanta perspectiva boa o que não falta é expectativa para o mercado este ano. Além de serem super divertidos, os jogos ajudam em diversos benefícios.
Quer saber mais sobre o assunto e descobrir mais sobre a história dos Boardgames? Confira:
A Evolução Dos Jogos De Tabuleiro
Você que gosta de jogos de tabuleiro, já parou para pensar quando e como será que eles surgiram? A história dos boardgames, provavelmente surgiu junto com as primeiras civilizações, nos anos 5.000 a.C, na região conhecida como Mesopotâmia – e que hoje corresponde a áreas como Iraque e Kuwait – além de ter indícios também no Egito. Eles eram chamados de “jogos de passagem da alma”, pois eram enterrados junto com os mortos para os acompanharem no que eles acreditavam ser a pós-vida. A ideia é que as pessoas tivessem algum tipo de divertimento e pudessem escapar do tédio.
Quando as rotas comerciais começaram a se expandir, os jogos começaram a circular também. Assim, novas opções foram surgindo para se adaptarem aos novos povos e às novas culturas. O xadrez, por exemplo, tem como possível precursor um jogo indiano chamado “Chaturanga”; o jogo de Damas, por sua vez, pode ter tido origem na cultura Inca, e também foi encontrado como parte da tradição de algumas tribos indígenas brasileiras, chamado de “Jogo da Onça”.
Conforme os anos se passaram, muitas variações de jogos de tabuleiros foram criadas, ficando cada vez mais divertidos e cheios de detalhes
Quando ouvimos falar em “jogos de tabuleiro”, as primeiras lembranças que vêm à mente são jogos mais tradicionais. Os jogos de tabuleiro se tornaram a melhor opção de programa para aqueles que preferiam ficar em casa e curtir um dia/noite agradável com amigos e familiares.
Existem diversos tipos de jogos de tabuleiro que podem ir de simulação de vida real a jogos mais abstratos. No entanto, a partir da década de 1980, os jogos de tabuleiro perderam certa popularidade devido ao avanço de jogos e equipamentos eletrônicos.
Na década de 2010, os jogos de tabuleiro conseguiram voltar a exercer grande influência na vida das pessoas graças à internet. Contudo, passaram a ser chamados de jogos da segunda geração. Com isso surgiram jogos com partidas mais rápidas, maior interação entre os jogadores e jogos relativamente mais fáceis de aprender, os famosos “jogos de tabuleiro modernos“.
O desafio de atrair novos jogadores
O mercado consumidor infelizmente está estagnado pela situação causada pela pandemia da Covid-19, contudo, o mercado de boardgames foi um dos poucos que ainda teve expansão, apesar da grande crise.
Na Europa, o mercado é tão desenvolvido que há fábricas especializadas em componentes de boardgames. Além de ser difícil competir com a produção de peças fora do país, o mercado precisa superar a barreira do estigma para atingir o grande público.
Quem é jogador das antigas sabe que nos anos 1980, havia poucos jogos licenciados e muitos copiados das empresas de fora. Isso tornou o país suspeito aos olhos dos outros países. Agora, o Brasil está retomando essa conexão com os mercados internacionais e trazendo títulos e jogabilidades inéditas.
Mas apesar dos entraves do país, e para felicidade geral dos jogadores, o setor está buscando encontrar a possibilidade de fazer jogos no Brasil, aumentando assim os benefícios para quem já é adepto do hobbie.
A PaperGames por exemplo, mesmo em um ano tão complicado como 2020, trouxemos diversos lançamentos, mas em 2021 queremos ir além para trazer diversas surpresas para o nosso público.
Nosso catálogo conta com jogos incríveis voltados para todos os públicos, com diversos temas e modos de jogo. Aqui, você encontra títulos de sucesso e ótimas opções para você e toda a sua família? Quer saber quais são eles? Acesse aqui.
Mercado em expansão
Como podemos perceber, a indústria de jogos de tabuleiro brasileira está avançando em diversas casas. Segundo a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), quase 10% do total de R$ 6,871 bilhões do faturamento do setor de brinquedos vieram dos jogos analógicos. Ao todo mais de 421 boardgames já estão à venda ou em desenvolvimento no Brasil.
O segmento tem atraído a atenção não só de quem quer jogar, mas também dos que gostariam de usar a área para subir na carreira com interesse em criar seu próprio jogo.
A boa notícia é que com certeza acreditamos que o mercado vai seguir crescendo, e um dos caminhos é firmar parcerias com grandes marcas internacionais.
Por que jogar Boardgames?
Mas agora que você já sabe as ótimas notícias sobre o mercado de jogos de tabuleiro e pode descobrir um pouco da história dos boardgames, chegou a hora entender os benefícios trazidos por este hobbie incrível.
Além de oferecer a possibilidade de reunir toda a família em torno do mesmo divertimento, os jogos de tabuleiro também oferecem estímulos positivos ao raciocínio.
A Assomensana (Associação para o Desenvolvimento e Potencialidade das Habilidades Mentais, na sigla em italiano) realizou uma pesquisa sobre o assunto, dando ênfase aos jogos tradicionais. Eles moldam novas formas mentais – também graças à companhia de outras pessoas – e produz efeitos positivos no cérebro dos participantes.
O jogo, em todas as suas formas, é um importante treinamento mental. Isto foi afirmado pelo professor Giuseppe Alfredo Iannoccari, presidente da Assomensana, que atribui grande importância à ginástica mental proporcionada pelos jogos.
Os jogos de mesa, incluindo os de baralho, mas com mais de dois jogadores, enriquecem as redes neurais, ou seja, as ligações entre as células, e estimulam os neurônios a fazer contato uns com os outros, aumentando importantes “reservas” do cérebro.
Um estudo recente, realizado no Instituto Max Planck em Berlim, destacou a forma com a qual o jogo aumenta a capacidade de planejamento, memória, atenção e raciocínio.
Os benefícios dos jogos de tabuleiro, são derivados principalmente do fato de que estes, exigem que o cérebro se mantenha concentrado durante um certo período e o melhor, tudo isso feito de forma prazerosa. A concentração é um dos pilares fundamentais para o bom funcionamento cognitivo.
O especialista explica que nos jogos de tabuleiro e nos jogos de grupo, as memórias verbal e visual são naturalmente envolvidas e necessárias por causa das próprias regras dos jogos, para prever os movimentos dos adversários, para projetar os próximos passos e para raciocinar sobre a realização destas atividades!
Jogos de tabuleiro quebram barreiras pessoais e culturais
Além dos benefícios cognitivos, os boardgames trazem a essência das pessoas, sem muitas máscaras e cuidados sociais. O que é excelente para o desenvolvimento humano não só em seu nível de aprendizado, mas também para se desenvolver profissionalmente.
Não é só entretenimento. Envolve aspectos sociais, cognitivos e afetivos do participante, no momento de cada partida, não existe hierarquia. Existe um trabalho em colaboração. As potencialidades de cada um é compreendida no desafio de uma forma quase orgânica.
A maioria dos jogos trazem temas e linguagens universais. Eles quebram facilmente as barreiras culturais, diferentemente da aprendizagem formal, os jogos de tabuleiro permitem praticar o aprendizado em um ambiente de tomada de decisão seguro e confortável.